3 de novembro de 2008

Morre Lentamente


“Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.”


Pablo Neruda

2 comentários:

No Palco da Vida disse...

As pessoas vivem sobre as marcas e seguem elas porque eles acham que são as melhores marcas.
Eles vivem diante as mesma perspectivas pois acham que eles ainda teram a chance, não viram o privilégio passar diante aos seu olhares pois deram a atenção a Marca que estava borrada de caneta....
Elas morrem cedo por serem ignorantes, por sí próprio.
Observo que muitos de nossos amigos blogueiros tentam mudar a vida como podem isso já faz a diferença. Nós embelezamos nossas vidas. com tais atitudes que aprendemos com as outras pessoas e palavras.
Tenha um maravilhosos dia

Raquel disse...

Concordo Rodrigo.
É ser, não apenas ter.
É fazer, não apenas saber.
Existem coisas tão simples e maravilhosas que podem ser bem aproveitadas.
É-me angustiante deparar-me com pessoas medíocres que sustentam os valores de sua vida de forma linear, com a face ornada por ante-olhos. Tal qual cavalos, seguem e só enchergam o mesmo rumo sem ampliar seus horizontes. São guiadas pelas rédeas de mecanismos ideológicos que as alienam de sua própria essência.